O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) iniciou nesta terça-feira (21) o II Workshop “Concessão das Florestas Públicas do Estado do Pará”, evento que discute e alinha ações com profissionais que atuam diretamente com planos de manejo e inventários florestais para produção de madeira nas florestas públicas do Estado, por meio de contrato de concessão florestal.
Temas como Licenciamento Estadual para elaboração de Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) e Plano Operacional Anual (POA), e estratégias do Estado do Pará para as florestas públicas e as novas oportunidades para a gestão de florestas: Mercado de carbono, Restauração florestal e Bioeconomia são algumas das temáticas abordadas durante o seminário, que prossegue nesta quarta-feira (22), no auditório do Ideflor-Bio, em Belém.
A programação, organizada pela Diretoria de Gestão das Florestas Públicas de Produção (DGFLOP), foi dividida em duas fases. A primeira, voltada para atividades externas, nos dias 21 e 22 de março, com a participação de profissionais que atuam com manejo florestal e têm interesse na concessão de florestas. O dia 23 (quinta-feira) será direcionado exclusivamente aos colaboradores e profissionais das empresas concessionárias.
Fortalecimento- O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, reforçou que a iniciativa visa proporcionar aos participantes o compartilhamento de experiências, apresentação e debate de diretrizes, aplicação, resultados e modelos alternativos, com o objetivo de fortalecer ações para uma economia florestal sustentável.
“Nos próximos quatro anos faremos um grande incremento na concessão de florestas públicas para a exploração madeireira. Essa é uma vocação do Estado do Pará, e é benéfico para todo mundo. É bom para a floresta, para os que moram nela, para o clima e para as empresas, porque trabalham de forma regular e certificada. Tudo isso ajuda na conservação do meio ambiente, pois a exploração florestal se dá de forma manejada”, afirmou Nilson Pinto.
Pioneirismo -O Pará é pioneiro na implantação das concessões florestais, promovidas por meio do manejo sustentável de produtos madeireiros e não madeireiros, como óleos, sementes e fibras.
A concessão florestal no Estado envolve 483.797,34 hectares, sob a gestão do Ideflor-Bio. São nove contratos de concessão para Unidades de Manejo Florestal (UMF) localizadas na Região de Integração Baixo Amazonas (no oeste paraense), sendo três no conjunto de Glebas Públicas Mamuru-Arapiuns, contemplando os municípios de Santarém, Juruti e Aveiro, e outras seis na Floresta Estadual (Flota) Paru, alcançando os municípios de Almeirim e Monte Alegre.
O presidente do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Bruno Kono, ressaltou que a concessão florestal é uma das formas de promover o desenvolvimento econômico com sustentabilidade. “Você consegue fazer a atividade econômica, preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, trazer benefícios para comunidades e pessoas que estão em determinadas regiões. Tudo isso está integrado ao Plano Estadual Amazônia Agora, que é uma política pública que norteia as nossas atividades no Estado do Pará”, frisou.
Expectativa - Segundo a titular da DGLOP, Gracialda Ferreira, uma das grandes demandas tem sido a obtenção de madeira de floresta nativa, com garantia de sustentabilidade, oriundas do manejo florestal. Ela destacou que as florestas públicas sob a posse e domínio do Estado, atualmente, estão entre as fontes desse material.
“O workshop veio para reunir os concessionários que fazem o manejo nessas áreas e outras entidades do governo do Estado, para que num futuro muito próximo a gente consiga ampliar as nossas florestas para concessão florestal, ou seja, disponibilizar mais áreas, mas sempre com a garantia de que nesses locais a produção virá de um manejo florestal sustentável, garantindo a conservação das florestas”, enfatizou Gracialda Ferreira.
Para o diretor executivo da Associação Brasileira dos Concessionários Florestais (Confloresta), Daniel Bentes, “o que foi apresentado hoje, pelo novo presidente do Ideflor-Bio, gera muita expectativa positiva. Mostra que o Governo do Pará, por meio dessa nova gestão, possui um plano estratégico para os próximos quatro anos. Todos os concessionários com quem conversei até agora estão muito satisfeitos com tudo o que vem sendo apresentado”.
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