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Pará SETEMBRO AMARELO

Hospital Ophir Loyola debate técnicas de prevenção ao suicídio

A manutenção da saúde mental e formas de abordar pessoas em sofrimento emocional foram enfatizadas para servidores e profissionais residentes

25/09/2023 18h55 Atualizada há 1 ano
Por: Redação Fonte: Secom Pará
Crédito: Ellyson Maciel - Ascom HOL
Crédito: Ellyson Maciel - Ascom HOL

 

O Hospital Ophir Loyola (HOL) promoveu nesta segunda-feira (25) programação alusiva à campanha Setembro Amarelo com o tema “Técnicas na Prevenção de Tentativa de Suicídio”, no auditório Luiz Geolás, em Belém. O encontro reuniu servidores e residentes da instituição para debater os principais problemas que afetam a saúde mental na atualidade, fatores de risco e sintomas de depressão, assim como a melhor abordagem para ajudar aqueles que necessitam de apoio emocional e cuidados especializados.

Rivonilda Graim (à dir.): ajuda aos pacientes e familiares“Enquanto profissionais de saúde também precisamos ter esse cuidado, para que possamos cuidar do outro. Por isso, sempre trazemos essa temática para ajudar não somente os nossos pacientes, mas também nossos familiares diante dos cenários e crises emocionais. Cada pessoa vivencia situações adversas de uma maneira distinta, alguns indivíduos podem ser mais vulneráveis a certas condições de saúde mental devido a fatores psicológicos, sociais e genéticos”, explicou Rivonilda Graim, coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como um estado de bem-estar, no qual a pessoa é capaz de apreciar a vida, trabalhar e contribuir para o meio em que vive, ao mesmo tempo em que administra as próprias emoções. “Essa condição é afetada por diversos fatores, como estresse ocupacional, transtorno de ansiedade e, principalmente, a depressão. Se a pessoa não está mentalmente saudável, não consegue lidar com as emoções diárias, reconhecer limites e procurar ajuda para que seja restabelecido esse aspecto essencial para a integridade do ser humano”, afirmou a psicóloga do HOL, Renata Kós.

O suicídio é considerado um fenômeno complexo que afeta indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas e classes sociais, sendo a população jovem a mais vulnerável. Segundo um levantamento da Secretaria de Vigilância em Saúde, divulgado pelo Ministério da Saúde em 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, e de 45% na faixa etária de 10 a 14 anos. Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar, Ce?zar Alberto Silva destacou a importa?ncia da empatia e do respeito a? dor do pro?ximo

Abordagem- Durante a palestra “Uma abordagem humanizada ao tentante de suicídio”, o tenente-coronel Cézar Alberto Silva, do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, destacou a importância da empatia e do respeito à dor do próximo. Segundo ele, não se deve tratar a situação com indiferença ou tentar diminuir aquela pessoa ou ignorar os sinais que demonstram a necessidade de ajuda.

“É necessário entendermos que outro ser humano está ali passando pelo pior momento da vida dele. E que aquela é uma situação de sofrimento extremo. Portanto, precisamos ouvi-lo de forma empática, sem banalizar a dor emocional, e mostrar que existem outros caminhos para que mude de intenção. E, caso você se depare com uma situação arriscada, acione o Corpo de Bombeiros por meio do 193, para que seja enviada uma equipe especializada para fazer a intervenção”, ressaltou o tenente-coronel.

Ele também destacou a importância do tratamento especializado e da manutenção de uma rotina favorável ao bem-estar e à qualidade de vida. “As pessoas precisam viver momentos que trazem felicidade, como passear, estar com a família e amigos, praticar esportes, descansar. Esses episódios são fatores de proteção contra o adoecimento mental”, reforçou.

A residente de Enfermagem Deborah Baía disse que as informações ajudarão a lidar com as preocupações pertinentes à residência, mas também são essenciais na atuação profissional e na vida pessoal. “Nunca presenciei uma situação dessas, mas alguns amigos, sim. Por isso, me senti confortada por aprender a lidar com certas circunstâncias, saber o que pode e não se pode fazer. Estou me especializando em cuidados paliativos, e essas informações me ajudarão a fazer uma abordagem mais empática, conversar com o paciente e até mesmo estabelecer um vínculo para que ele entenda que não está sozinho diante de um problema tão angustiante”, acrescentou.

 

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