Aos 17 anos, a estudante Letícia Bastos, surpreendeu o professor e a turma da oficina de Leitura Dramatizada da Fundação Cultural do Pará (FCP).
"Foi muito importante pra mim, porque com o passar dos dias eu consegui ir me soltando. E a minha leitura melhorou muito também. E eu tive contato com poemas e com escritores muito importantes. E eu descobri um lado que eu não conhecia em mim mesma, e eu fico muito feliz por isso e grata também", compartilha Letícia.
"Ela chegou extremamente tímida. Foi o pai quem viu o anúncio da oficina e decidiu fazer a matrícula dela, pra ajudar a perder a timidez", conta o professor e criador da oficina, Alexandre Rosendo, que também é ator e diretor cênico.
Mais de 20 pessoas participaram da oficina de Leitura Dramatizada. Os encontros foram realizados no auditório Aloysio Chaves, da Biblioteca Pública Arthur Vianna, no Centur, em Belém.
A atividade nasceu com foco em promover o conhecimento da literatura dramática, potencializar a expressão comunicativa, estimular a interação artística e social, além de trabalhar princípios da leitura em voz alta e busca do autoconhecimento corporal e vocal, como explica o professor Alexandre Rosendo.
"Eu acho que tudo isso é maravilhoso, e essa é a função de uma Fundação Cultural do Pará. Não é só grandes eventos, shows, etc. Eu acho que é trabalhar a essência do ser humano pessoal, independente se tem ligação à arte ou não. Tem que ser aberto e gratuito para chamar as pessoas. Eu iniciei o projeto e espero que a gente consiga fazer outras trocas. Nos surpreendeu porque as pessoas ficaram, se inscreveram e continuaram e isso foi muito bom", comemora Alexandre.
Tiago HomciTroca de experiências –Além de beneficiar estudantes e pessoas com dificuldade em lidar com a timidez, o curso oferece também a possibilidade de fortalecer a autoestima, as aulas contaram com a presença de profissionais da arte, cultura e comunicação, como o ator paraense Tiago Homci, que aproveitou a estadia na capital paraense, Belém, para participar da oficina.
"Para mim é incrível, porque é justamente isso, estar com pessoas que estão no início, que nunca tiveram essa oportunidade e que ainda estão começando a pensar em trabalhar a leitura dramática ou leitura dramatizada. Eu fiquei muito orgulhoso no início, porque eu me vi no começo, sabe? E trocar com pessoas que estão começando faz a gente recomeçar também", comentou o artista.
Breno Machado – Aluno do projeto Ópera EstúdioÓpera Estúdio
No palco como solista de espetáculos, o cantor Breno Machado, conta que foi a realização de um sonho, dele e da mãe dele. "Minha mãe passava aqui na frente e dizia que eu tinha que entrar para o Carlos Gomes. Não entrei para estudar música, mas aproveitei a oportunidade do projeto. Eu nunca vou me esquecer do processo que foi viver esses personagens. Foi tudo aquilo que eu sonhava em um processo artísticos de canto. Era a minha identidade polida em forma de arte. Foram performances autorais diferentes. Foi a realização de um projeto pessoal", relembra o aluno do projeto.
O Ópera Estúdio é um projeto de extensão da Fundação Carlos Gomes, que está aberto à comunidade, que oferece formação musical às pessoas com interesse em atuar profissionalmente em montagens de ópera e de teatro musical. Em um ano, os alunos participam das aulas que ocorrem no instituto e também participam de montagens e apresentações musicais como forma de por em prática as técnicas que foram ensinadas.
Pedro Messias – Coordenador do Projeto de Extensão Ópera EstúdioPedro Messias, coordenador do Ópera Estúdio, conta que o projeto é um espaço experimental que engloba todos os aspectos práticos de montagem de um teatro musical. "Esse é o grande diferencial, onde os alunos vão entender quantos ensaios são necessários para montar um espetáculo, quanto tempo leva, a dificuldade, como é que faz um figurino, o processo de montagem das cenas, o processo de decorar um personagem, isso tudo a gente oportuniza dentro da estrutura do Ópera Estúdio", esclarece o coordenador.
Democratização da arte –O projeto é gratuito e aberto ao público de 18 anos. As inscrições são gratuitas e feitas pelo site da Fundação Carlos Gomes, sempre no início do ano. "Esse ano, a gente não vai fazer uma audição, a gente vai acolher todo mundo que se inscrever, justamente para que a gente possa fomentar o processo de produções de ópera em Belém", ressaltou Pedro Messias.
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