Metrópoles, Jovem Pan, Correio Brasiliense, G1, entre outros veículos de comunicação do País repercutiram a notícia de uma operação da Polícia Federal (PF), realizada na manhã desta sexta-feira, 16, em três residências em Marabá, numa investigação sobre um suposto esquema para fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para estudantes ingressarem no curso de medicina da UEPA (Universidade Estadual do Pará).
Os três suspeitos são os seguintes:
1) André Ataide, estudante de medicina da UEPA, em Marabá, que estaria no sétimo período do curso. Ele seria a mente brilhante que estaria usando identidade falsa para fazer a prova nos nomes dos demais.
2) Eliesio Ataide seria primo de André Ataide e teria sido beneficiado no ENEM de 2022, quando o segundo fez a prova por ele.
3) Moisés Assunção era estudante de Psicologia na Unifesspa e teria feito inscrição para o ENEM em 2023 e escolheu medicina na UEPA após receber a nota alta no exame nacional do ensino médio. Só que a prova teria sido feita por André Ataide, na cidade de Itupiranga. Moisés, inclusive, já teria feito a matrícula para o primeiro semestre na UEPA e as aulas estão previstas para iniciar na primeira semana de março.
A Reportagem do CORREIO descobriu que a defesa de André estaria a cargo do escritório Teixeira & Freires, tendo à frente os advogados Magdenberg Teixeira e Diego Freires. Procurados, eles disseram que estavam se apropriando das acusações sobre seu cliente e que ainda nesta sexta-feira darão uma resposta a este veículo de comunicação.
Os advogados de Eliesio e Moisés não foram identificados, mas o espaço neste Portal de Notícia também está disponível para ouvir a versão deles.
SAIBA MAIS SOBRE O CASO
A Polícia Federal deflagrou a operação Passe Livre, para combate a fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio. André Ataide é suspeito de ter sido aprovado duas vezes no exame (para curso de medicina), se passando por Eliesio e Moisés. Os três foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira, 16.
Nas casas dos investigados foram apreendidos telefones celulares, provas do Enem de 2019 a 2023 e manuscritos. Não houve prisão.
Com base na nota no Enem conseguida através de fraude, essas duas pessoas foram aprovadas em medicina em Marabá, mas sem terem feito a prova. Um dos deles já é aluno do curso de medicina e o outro ainda não teve suas aulas iniciadas.
A perícia da Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos nos processos seletivos do Enem. Para se passar por outros candidatos, o suspeito de fazer as provas pode ter usado documentos falsos. Ele também cursa medicina na Uepa de Marabá.
As investigações seguem em andamento, também para descobrir se existem outros aprovados irregularmente por meio do esquema criminoso.
Se confirmada a hipótese criminal os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, entre outros.
UEPA
Na noite de ontem, a Uepa se manifestou por nota, por meio da assessoria do Governo do Pará, com o seguinte teor: “A execução das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A Universidade do Estado do Pará (Uepa) acompanha e colabora com as investigações conduzidas pela Polícia Federal e aguarda a conclusão do processo para tomar as medidas cabíveis”. (Ulisses Pompeu, Thays Araujo, com informações da PF)
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