Mais de 150 policiais federais cumprem, na manhã desta terça-feira (30.04), 49 mandados de busca e apreensão em 33 endereços, sendo 33 mandados em Belém, cinco em Benevides, três em Parauapebas, um em Ananindeua, cinco em Santa Maria do Pará e um em São Miguel do Guamá, além de um em Barueri (São Paulo). O trabalho faz parte da Operação Plenitude, que investiga crimes contra a administração pública, o sistema financeiro nacional e lavagem de capitais.
Os investigadores apontam que os valores desviados alcançam a soma de RS 1,7 bilhão. Foi autorizado pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará o sequestro de bens dos investigados nesse valor, para devolução do montante usurpado do erário.
Ao todo, a operação tem 42 alvos e é realizada pela PF com conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, as apurações identificaram a ocorrência de indícios de crimes licitatórios, envolvendo recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), repasse de valores indevidos para servidores públicos de diversas prefeituras do estado do Pará, lavagem de capitais, com a utilização de empresas de fachada e laranjas, além de possível prática de evasão de divisas através de OFFSHORE (uma forma de investimento no exterior) situada em paraíso fiscal.
A PF afirma também que os crimes teriam sido praticados por pessoas físicas, que usaram pessoas jurídicas, ligadas ao ramo empresarial de saneamento urbano atuante no Pará e em outras unidades da federação. "Após a análise de todo o material recolhido nas medidas de busca, o caso será aprofundado pelos investigadores, tendo por objetivo o esclarecimento dos fatos de relevância criminal e responsabilização individualizada de cada suspeito", informou a PF, que não deu mais detalhes sobre os investigados porque o assunto tramita em sigilo.
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