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Pará CONTAMINAÇÃO

Queda de ponte que liga MA e TO pode trazer impactos ao Pará

Ácido sulfúrico despejado no rio Tocantins por caminhão que transportava o produto é capaz de danos para fauna, flora e comunidades ribeirinhas

24/12/2024 07h14
Por: Redação Fonte: DOL
Rio pode ter sido contaminado por ácido e agrotóxico | Divulgação/Corpo de Bombeiros do Tocantins
Rio pode ter sido contaminado por ácido e agrotóxico | Divulgação/Corpo de Bombeiros do Tocantins

O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, no último domingo (22), deixou mortos, pessoas desaparecidas, prejuízo financeiro, mas gerou também o risco imediato de contaminação da água quanto pela possibilidade de danos irreparáveis à fauna e flora, inclusive, no Pará.

A preocupação se deve ao fato que, entre os veículos que caíram no rio Tocantins, continham caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos. As substâncias são consideradas perigosas, com alta capacidade de contaminação e que coloca em risco a saúde humana e ao meio ambiente.

Diante disso, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil, nesta segunda-feira (23), para apurar as consequências socioambientais e os riscos à saúde pública resultantes do incidente na ponte. A situação atinge o Pará, uma vez que o rio Tocantins banha alguns municípios paraenses, como Marabá, no sudeste do Estado, sobretudo às comunidades ribeirinhas, que usam as águas do rio.

De acordo com o MPF, os produtos químicos que vazaram no rio podem provocar sérios danos tanto à saúde das populações ribeirinhas, como queimaduras, intoxicações, problemas respiratórios, entre outros, assim como à biodiversidade local. A própria prefeitura de Marabá fez um alerta para a população evitar contato com o rio.

Por conta disso, o MPF requisitou à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Marabá e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) que forneçam, com urgência, informações preliminares sobre a qualidade da água no trecho afetado.

O MPF também exigiu que a Semas envie equipes técnicas para realizar estudos detalhados sobre os impactos do acidente, tanto a curto quanto a longo prazo, sobre o ecossistema do rio Tocantins e as comunidades que dependem dele.

Esse trabalho terá a colaboração do Instituto Evandro Chagas, o Museu Emílio Goeldi e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), que foram convocados para realizarem um estudo mais intenso sobre o derramamento dos produtos químicos e seus efeitos ambientais.

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