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Brasil DOMINGO TRISTE

Morre Léo Batista, aos 92 anos, lenda do jornalismo do Brasil

Veterano da comunicação estava internado em decorrência de um câncer no pâncreas

19/01/2025 16h30
Por: Redação Fonte: DOL
Veterano da comunicação estava internado em decorrência de um câncer no pâncreas. | ( Reprodução TV Globo )
Veterano da comunicação estava internado em decorrência de um câncer no pâncreas. | ( Reprodução TV Globo )

Morreu neste domingo (19), João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista, aos 92 anos de idade. O jornalista esportivo estava internado desde o dia 6 de janeiro para tratar um câncer no pâncreas descoberto após um quadro de desidratação e dor abdominal.

Ele dedicou mais de 76 anos de sua vida à comunicação, sendo 53 deles à TV Globo, onde se consagrou especialista em esportes. Apaixonado por futebol e torcedor fanático do Botafogo, o jornalista virou um personagem histórico na TV aberta.

Um ícone do jornalismo

“Seu Léo” nasceu em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, filho de imigrantes italianos. Aos 15 anos, trabalhou em serviços de alto-falantes na sua cidade natal e rapidamente se estabeleceu no rádio, ainda nos anos 1940.

Foram 76 anos dedicados à comunicação, sendo mais da metade na TV Globo. Apesar do esporte ser sua especialidade. Léo fez um pouco de tudo na emissora carioca. Em 1970, como freelancer, foi chamado para compor a equipe esportiva da Globo, que mandou jornalistas para o México para a cobertura da Copa do Mundo daquele ano.

Ele teve de substituir o apresentador Cid Moreira (1927-2024) em uma edição do “Jornal Nacional”. Depois disso, foi contratado em definitivo, chegando a apresentar as edições de sábado do “JN”.

O jornalista, inclusive, se tornou o primeiro apresentador tanto dos telejornais nacionais “Jornal Hoje” (1971) e “Esporte Espetacular” (1973), quanto do regional “Globo Esporte” (1978).

Multifacetado

Léo Batista também participou do “Globo Rural” e encabeçou grandes acontecimentos da História, como ser o primeiro locutor a noticiar a morte do presidente Getúlio Vargas, em 1954, além de ter sido o primeiro narrador do país a fazer uma transmissão de surfe e de Fórmula 1 na televisão.

O jornalista também foi o responsável por trazer à TV aberta o quadro de gols do “Fantástico”, aos domingos, o que mudou a forma de consumir futebol a partir daí.

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