As florestas são responsáveis por estocar carbono, regular o clima e fornecer água potável para 33% das maiores cidades do mundo. Na Amazônia, a umidade gerada pelas florestas segue até outras partes do Brasil e possibilita a formação de chuvas que, por sua vez, ajudam a irrigar plantações, manter biomas e encher reservatórios que abastecem milhares de pessoas.
Por esta razão, assegurar a qualidade da floresta, essencial para a saúde e o desenvolvimento rural e urbano, está diretamente ligada ao conceito de utilização racional dos recursos existentes, uma das missões do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).
Nesta terça-feira (21), quando se comemora o Dia Internacional das Florestas e das Árvores, o Instituto alerta para a importância da preservação das espécies vegetais. A maioria dos cientistas que estudam o clima do planeta afirma que, para evitar o aumento do aquecimento global, é necessário deter o desmatamento.
Apesar de medidas de comando, controle e combate ostensivo ao crime de desmatamento serem necessárias, sozinhas elas não resolvem o problema. É preciso recuperar o que já foi perdido e restaurar as florestas, por meio de ações de recomposição de áreas degradadas, conforme detalha o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.
“Promover a recomposição florestal produtiva de áreas alteradas em propriedades de agricultores familiares, diversificando a base produtiva com o plantio de espécies nativas e garantir segurança alimentar, com geração de emprego, renda e redução do passivo ambiental, são algumas das prioridades que estipulamos para os próximos anos”, ressaltou o titular do Ideflor-Bio.
Conhecimento e experiência -Para implementar as ações de fomento agroflorestal, o Instituto utiliza uma metodologia própria: o Projeto Prosaf, criado e coordenado pelo Ideflor-Bio, por meio da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF). É uma estratégia governamental que visa ao estabelecimento de um conjunto de medidas para promoção efetiva da recuperação das áreas antropicamente alteradas (que sofreram a ação do homem) no Pará. A principal medida para recompor a vegetação é o plantio de Sistemas Agroflorestais (SAFs) Comerciais, que reúnem espécies florestais e frutíferas nativas da Amazônia, presentes em cada região paraense.
Entre as ações implementadas se destacam a instalação de viveiros para produção de mudas; capacitações (oficinas de preparo de substrato e produção de mudas, cursos de Sistemas Agroflorestais e intercâmbios para conhecimento de experiências exitosas em SAFs); preparo mecanizado de área e plantio dos SAFs.
Segundo o diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal, Vicente Neto, o Pará conquista destaque nacional nessa temática, com apelo internacional, pelas ações e pelo compromisso assumido com iniciativas que buscam a restauração e recomposição das florestas. “A DDF tem o compromisso muito forte, dentro desses desafios, que é através do Projeto Prosaf fazer exatamente a recomposição das áreas de forma produtiva, para isso utilizando os sistemas agroflorestais, que é uma forma de gerar benefícios sociais, ambientais e econômicos para essas famílias”, informou.
Vicente Neto destacou, ainda, que “o Prosaf contribui significativamente para esse grande desafio, que é estagnar o processo de exploração florestal e madeireiro, e transformar essas áreas em que se consegue manter a floresta em pé em benefícios para essas famílias, comunidades e às pessoas que vivem dentro das florestas”.
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